sábado, 30 de julho de 2011

NO CALVÁRIO (autoria - Natanael V. Ferreira)

Quando olhei para ele no calvário pude ver...
...as mãos de um homem que
sabia trabalhar como carpinteiro.
Tirando as imperfeições da madeira
dando a ela o formato que quisesse.

Quando olhei para ele no calvário pude ver...
...os pés de um homem que caminhava e não parava.
Caminhando por lugares desconhecidos.
Pés que não mediam distâncias.
Não se importavam se estavam no templo
de Jerusalém ou no cemitério.

Quando olhei para ele no calvário pude ver...
...os joelhos de um homem que orava.
Tendo recebido de Seu Pai a doutrina divina.
Conhecedor das leis judaicas.
Joelhos que a cada momento iam ao
lugar de refúgio chamado Monte das Oliveiras.

Quando olhei para ele no calvário pude ver...
...os olhos de um homem observador.
Olhos que enxergavam além da aparência,
trazendo a solução pela qual as almas clamavam.
Não havia multidões que pudessem
obstruir sua visão, pois Ele via aqueles
que eram regidos pela sociedade como
se fossem a escória e marionete do submundo pecaminoso.

Quando olhei para ele no calvário pude ver...
...os lábios de um profundo adorador.
Lábios que proclamaram bem-aventuranças
bem como palavras de salvação.
Um adorador detido pelos cruéis judeus e romanos,
Mas não detido pela cruz quando, com seus lábios,
disse: “Está consumado”, ou seja, “Vocês estão livres”.

Quando olhei para ele no calvário pude ver...
...os ouvidos de um homem que ouvia.
Ouvia o grito de socorro dos necessitados.
Ouvia as palavras de insegurança dos
seus discípulos quando eles, diante do mar
em fúria, diziam: “Olhem! Eis um fantasma!”
Mas Jesus chegava dizendo: “Sou eu! Não temais!”

Quando olhei para ele no calvário pude ver...
...um homem que, ainda em carne,
foi perfeito em sua missão.
Um Mestre que se esforçou para
nos deixar ensinamentos preciosos.
Em seu curto tríplice ministério desgastou-se
para que pudéssemos aprender com Ele.
Doou seu próprio sangue para nos curar.
Por isso, quando estou aos pés da cruz,
não vejo simplesmente um homem crucificado,
mas vejo um Mestre a dar sua última aula
trazendo uma grande lição de vida...
...”De graça recebestes, de graça daí (Mt. 10.8b)”.

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